data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
O número de expositores e de público circulando pelos pavilhões do Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter não é nem de longe igual aos anos anteriores, quando milhares de pessoas passavam pelo local, mas a Feira do Cooperativismo (Feicoop) continua sendo referência para as práticas do comércio justo e consumo ético e solidário. Até às 17h de domingo, o público vai poder conferir a produção de mais de 200 expositores e aprender sobre outras formas possíveis de organização social.
- O movimento da feira, para além das vendas que a gente realiza, é muito importante porque se cria uma rede de contatos e de apoio entre as pessoas que acreditam nessa economia circular. A feira traz esses temas que a gente acaba não discutindo e nos faz refletir sobre novos modos de viver - salienta Isabela Grotto, que faz arte em bambu e é uma das expositoras deste ano.
Na primeira semana de feira, mais de 11,1 mil livros foram vendidos
Na 27ª edição, a feira enfrenta o momento de pandemia promovendo a ideia de que um outro mundo é possível por meio da organização social, educação alimentar, sustentabilidade, reforma agrária, cooperativismo e agroecologia. Lourdes Dalla Costa, expõe as mudas de plantas medicinais na Feicoop há cinco anos e mantém a esperança de que, em breve, com união e solidariedade o mundo será melhor para todos.
- Aqui a gente não consegue só o alimento para o corpo, mas também o alimento para a alma. A felicidade é muito grande de poder estar aqui. Ano que vem, se tudo der certo, vamos poder ter nosso evento grande de novo, como se estivéssemos de verdade em outro mundo - disse.
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Este ano, para poder acessar os pavilhões, o público precisa apresentar carteira de vacinação. O limite é de 1,2 mil pessoas na parte interna. Dois contadores de público foram instalados nos acessos. Um contabiliza a entrada e outro, a saída.
- Acho muito importante os protocolos que estão sendo cumpridos. É um espaço bacana para conhecer os artesanatos, os produtos coloniais e entender mais sobre a economia solidária - afirmou a professora Vanessa Flores, que aproveitou o sábado para passear e fazer compras.
A aposentada Maria Bier foi acompanhar o filho expositor da feira. Ela destacou que a Feicoop pode ser um espaço de retomada para muitas pessoas afetadas pela crise provocada pela pandemia da Covid-19 e, por isso, faz questão de prestigiar o evento.
- O que estamos vivendo hoje precisa muito de reflexão. Precisamos ajudar essas pessoas a retomar suas vidas a se estabelecerem nos seus negócios nesse momento complicado - ressaltou.
A PROGRAMAÇÃO
- O quê - 27ª Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop)
- Horários - Domingo, das 8h às 17h
- Onde - Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter, na Rua Heitor Campos, Bairro Medianeira
- Quanto - De graça
- Requisitos - Apresentação de comprovante de vacinação (ao menos uma dose) e uso de máscara
- Informações - Telefones (55) 3223-0219 e (55) 99685-6282, ou WhatsApp (55) 99950-6282
Domingo
- Das 8h30 às 10h - Lançamento de Livro descrição - Livro: "Do Lixo a Bixo: o tripé de sustentação da vida e a cultura dos estudos". De Alexandro Cardoso, 2021. Conta a história verídica de um catador de materiais recicláveis, semianalfabeto, negro, morador de barracas em periferias e áreas de risco, trabalhador desde a infância, pai aos 16 anos, obrigado a abandonar os estudos para sustentar a família, depois dos 20 anos retornou aos bancos escolares, concluiu os estudos e conquista vaga na Universidade Federal do Rio Grande do Sul
- Das 15h às 17h - 1º Fórum de artistas e produtores independentes da cena musical de Santa Maria. Encontro: Diálogos para fortalecimento da classe enquanto coletivo e troca de conhecimentos acerca de diversas atividades que dizem respeito aos processos de produção de artistas independentes